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Propostas volumétricas e apresentação do conceito

O conceito

Como colocado no post "As singularidades do morar", primeiramente listamos o que é morar segundo nossa experiência; a seguir sintetizamos essas informações e chegamos a um conceito que agora vamos analisar: oásis.

É importante, para continuarmos, que esquecemos algumas noções sobre o termo que são muito claras para todo mundo, como o pensamento transmitido em filmes e desenhos que colocam os oásis apenas como lugares paradisíacos. Pesquisando um pouco sobre o que seria de fato um oásis descobrimos que a origem da palavra vem da língua egípcia - "W'ht "- que significa "abrigo". Foi uma descoberta surpreendente! A característica mais marcante de um oásis é sem dúvidas a presença de água, em pleno deserto. Esse fato faz com que haja uma concentração de pessoas e atividades em seu entorno. É então que vão surgindo possíveis diretrizes para o projeto como:  proximidade/imediação e a própria água. Algo que sempre acompanha a ideia de oásis são as miragens, em outras palavras, algo que parece mas que na verdade não existe daquele jeito. Daí tiramos outra diretriz: fazer com que de "fora" pareça uma coisa, enquanto que "dentro" é outra. Como veremos na proposta II de modelo volumétrico, os conceitos que aplicamos são o de acolhimento, imediação e amplitude. 

Criação de um modelo volumétrico

Proposta I

Seguindo a ideia proposta em ateliê, criamos um modelo volumétrico para podermos trabalhar nas relações espaciais almejadas. Começamos com o que poderá ser mais tarde uma unidade habitacional de 14x7x3, representada por caixas desse mesmo tamanho. Assim, depois de alguns experimentos com essas caixas na interface do Rhinoceros 5, chegamos numa configuração a qual gostamos. Veja na imagem abaixo:

Simétrico ou Assimétrico - modelo volumétrico desenvolvido no ateliê de Purb 2017.2

Ao modelo "Simétrico ou Assimétrico" foram feitas algumas dissociações e associações:

Proposta II

Dando sequência ao exercício de modelagem paramétrica, utilizamos o Grasshopper para modelar outro modelo, agora composto por caixas de 10x10x3 metros.  

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO:

Partindo da caixa maior formada pela junção de 8 caixas do tipo 10x10x3, fizemos algumas modificações buscando criar ambiências pertinentes ao nosso conceito. Primeiramente mudamos algumas caixas de posição e posteriormente deletamos outras:

O último modelo a qual chegamos, que chamaremos de "imediação", deixa os blocos bem espaçados priorizando o contato das faces com o exterior. Na imagem abaixo, destacado em amarelo está o que poderá ser um pátio interno, aumentando o contato entre as futuras habitações. 

Esse pátio interno é conformado por três blocos que estão em parte ou totalmente suspensos, criando áreas protegidas também fora das habitações. Como o nosso conceito vem da definição de um oásis, buscou-se dispor os blocos (unidades habitacionais) de forma menos racional, como se crescessem organicamente, assim como a vegetação de um oásis. A seguir apresentamos a multiplicação dessas caixas através de cópias que se encaixam e criam diferentes áreas. 

A seguir colocamos esse grupo maior de caixas num segmento de curva e com um número suficiente de unidades, aplicamos a ferramente mirror e criamos entre os dois grandes blocos um espaço de acolhimento, que a propósito, é um de nossos conceitos. Observe: 

Nessa primeira sequência temos os dois grandes blocos de caixas, num segundo momento o espaço entre eles é cortado por duas fileiras de árvores que indicam um fluxo, visual ou de circulação. Na terceira imagem já aparecem várias árvores rodeando os blocos formando uma espécie de barreira. 

Nesses últimos exemplos buscou-se dar maior permeabilidade, não deixando que as árvores criassem uma barreira muito grande. Também aproximamos os dois grandes grupos de caixa, visando a aproximação das pessoas a fim de criar um sentimento de comunidade. 

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